segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uso do FGTS e da poupança para compra de imóveis tendem a diminuir!


Os recursos das cardenetas de poupança e do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço), atualmente utilizados em sua maioria para o financiamento da compra de imóveis, serão insuficientes, em três ou quatro anos, para o SFN (Sistema Financeiro Nacional) manter o ritmo crescente de investimentos em novas moradias. A avaliação é do presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habilitação do Estado de São Paulo), João Crestana.

Para ele, a cadeia envolvida no setor precisa discutir formas de promover ajustes legais e culturais que viabilizem novas fontes de recursos destinadas ao financiamento habitacional. Bancos públicos e privados, a Abecip (Assossiação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) e empresas securitizadoras devem estudar a questão, sugere Crestana.
Números da Abecip mostram que as instituições bancárias financiaram, 1,052 milhões de imóveis residenciais no ano pasasado, no valor de R$ 83,7 bilhões, com aumento recorde de 67% no volume de recursos, em relação a 2009. O crescimento do número de moradias foi de 57%. Esses índices foram atingidos com recursos do FGTS, que financiou 631 mil imóveis. O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) financiou a compra de 421 mil moradias, no período.

Principal financiadora habitacional do país, a Caixa Econômica executa todos os programas do governo que facilitam o acesso da populações de baixa renda à casa própria, incluindo o programa Minha Casa, Minha Vida. Desde março de 2009, quando foi criado, o programa consumiu R$ 51,3 bilhões na contratação de 1,005 milhão de moradias.

A determinação da presidente Dilma Roussef é para que, na segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, sejam financiados mais de 2 milhões de moradias até 2014. Como os níveis de utilização de recursos de poupança e do FGTS estão muito altos, beirando 70% dos respectivos estoques, segundo a Caixa, Crestana defende que haja fontes alternativas de financiamento habitacional.

O presidente da Abecip, Luiz Antônio Nogueira de França, faz o mesmo alerta. Ele lembra que, além do financiamento habitacional, haverá gastos vultosos também por conta da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Para ele, o constante crescimento do mercado imobiliário exige a definição urgente de outras opções de crédito como securitização, letras de crédito imobiliário (LCI) e letras financeiras com lastro imobiliário (LTI), hoje em estudo pelo Banco Central, pela Caixa e por demais agentes financeiros.

Fonte: R7

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